Resenha: Novembro de 63 - Stephen King

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Novembro de 63, recém lançado no Brasil
Detalhes técnicos: 
Editora Suma de Letras
ISBN 9788539005277 
Páginas 736
Ano 2013
Menor Preço*: R$ 39.90, no Submarino. Clique aqui para comprar.
* Pesquisado em 02/12/2013

Sinopse: A vida pode mudar num instante, e dar uma guinada extraordinária. É o que acontece com Jake Epping, um professor de inglês de uma cidade do Maine (EUA). 
Enquanto corrigia as redações dos seus alunos do supletivo, Jake se depara com um texto brutal e fascinante, escrito pelo faxineiro Harry Dunning. Cinquenta anos atrás, Harry sobreviveu à noite em que seu pai massacrou toda a família com uma marreta. Jake fica em choque... Mas um segredo ainda mais bizarro surge quando Al, dono da lanchonete da cidade, recruta Jake para assumir a missão que se tornou sua obsessão: deter o assassinato de John Kennedy. Al mostra a Jake como isso pode ser possível: entrando por um portal na despensa da lanchonete, assim chegando ao ano de 1958, o tempo de Eisenhower e Elvis, carrões vermelhos, meias soquete e fumaça de cigarro. 
Após interferir no massacre da família Dunning, Jake inicia uma nova vida na calorosa cidadezinha de Jodie, no Texas. Mas todas as curvas dessa estrada levam ao solitário e problemático Lee Harvey Oswald. O curso da história está prestes a ser desviado... com consequências imprevisíveis.

O mestre do horror Stephen King
Sobre o autor: Stephen King é reconhecido como um dos mais notáveis escritores de contos de horror fantástico, mistério e ficção da atualidade. Os seus mais de 70 livros venderam mais de 350 milhões de cópias, com publicação em mais de 40 países. É o nono escritor mais traduzido no mundo. Embora seu talento se destaque na literatura de terror/horror, escreveu algumas obras de qualidade reconhecida fora desse gênero e cuja popularidade aumentou ao serem levadas ao cinema, como nos filmes "Conta Comigo", "Um Sonho de Liberdade", "Christine", "Eclipse total", "Lembranças de um Verão" e "À Espera de um Milagre". Stephen King já foi roteirista de episódios para diversas séries, como Arquivo X. Atualmente podemos conferir na televisão a série "Under the Dome", inspirada em seu livro "Sob a Redoma". 



É impossível deixar de se contagiar pelo ritmo frenético das páginas sobre um viajante do tempo que quer mudar o mundo. O professor de literatura Jake Epping, que em 1958 assume a identidade de George, carrega o importante e arriscado fardo de matar o assassino do presidente John Kennedy antes que o atirador o mate em novembro de 1963. Mas ele não pode simplesmente ir até o assassino Lee Oswald e matá-lo, Jake precisa se certificar de que Oswald agiu sozinho. É nesse momento em que nos apaixonamos pelas aventuras do viajante do tempo, e torcemos a todo minuto para que ele consiga alterar o passado, transformando o mundo em um lugar melhor. Mas o passado é obstinado, e não gosta de ser mudado. Na medida em que a fatídica data do atentado se aproxima, as coisas vão ficando muito complicadas para Jake Epping, mas ainda assim os anos que ele passa no passado são os melhores de sua vida. Afinal, é numa cidadezinha do interior do Texas que ele conhece Sadie, uma bela e problemática bibliotecária. E juntos eles embalam os sucessos dos anos cinquenta, descobrindo que dançar é viver.

"Também tenho de lhe contar que não considero mais 2011 como o presente. Philip Nolan era o Homem Sem Pátria; sou o Homem Sem Referência de Tempo. Desconfio que sempre serei. Mesmo que 2011 ainda exista, serei um estrangeiro de visita."

As semelhanças entre o protagonista de Novembro de 63 com Edgar Freemantle, o protagonista de Duma Key, outro famoso livro do mestre, são perceptíveis. Ambos são personagens de meia idade com certa carga de drama pessoal. Tanto um quanto o outro relata seus objetivos e aflições em primeira pessoa, e chega a ser angustiante como eles se tornam parte de uma trama grande e perigosa, que os consomem e os transformam.  Jake e Edgar - e também nós, leitores - são figuras que sofrem um lento, porém constante, processo de amadurecimento e transformação. A infalível fórmula de King de misturar elementos fantásticos com fatos e ambientes reais funciona muito bem em Novembro de 63. O elemento fantasioso está presente (afinal, quem aí pode realmente viajar no tempo?), mas acaba se tornando apenas um mero detalhe quando contrastado por algo muito maior: a carga dramática que cada personagem possui.

Não pude deixar de dar uma especial atenção para o cuidadoso trabalho que a Suma de Letras teve com a editoração e produção do livro. As páginas são levemente amareladas e o tamanho da fonte é relativamente bom, facilitando muito a leitura. Além disso, não consegui notar qualquer tipo de erro ortográfico. Em se tratando de um livro de mais de 700 páginas, isso é realmente muito raro. Ponto para a Suma de Letras.
A capa segue o padrão norte-americano, com a imagem da notícia traduzida para o português e com relevo imitando um velho jornal. Tudo feito com bastante qualidade e bom gosto.

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